CABRAL – O PRIMEIRO PETISTA QUE SE TEM NOTÍCIA.

CABRAL – O PRIMEIRO PETISTA QUE SE TEM NOTÍCIA.
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(Marcelo Rates Quaranta)
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Esqueça tudo o que o teu professor de história te falou sobre o descobrimento do Brasil. Aqui nós vamos falar exatamente como foi.
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22 de abril do ano de 1500.
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Mais perdido que cego em tiroteio, a Nau Capitânia de Cabral, à frente da sua esquadra, vem dar numa enorme extensão de terra, que eles acreditam que se trata de uma ilha perdida no meio do Atlântico.
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Cabral olha o Waze novamente e pragueja:
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- Puta qâ mâ pariu! Esta merda não serve pra porra n'nhuma! Dâixe-me ver... Tijuca... Méier... Grajaú... Olaria... Madurâira... Ah.. .cá está! Índia! Longe pra c'ralho! Esta merda pôs-se a phoder-me!
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Imediatamente o vigia lá de cima do caralho (nome da gávea colocada no mastro principal) grita: "TERRA À VISTA!"
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A nau de Cabral baixa ferros e fundeia ao largo da nova "ilha". Milhares de índios da tribo dos babaquaras estão à espreita. Cabral manda que uma parte da tripulação desembarque e vá até a praia. Os índios, um a um, começam a chegar, e os homens e as mulheres, todos nus, se aproximam dos marujos, que lhes acenam com gestos obscenos de "amizade".
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Um emissário volta à nau para dar a notícia a Cabral.
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- I antão? - Pergunta Cabral
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- Ó Capitão, acho q' chigamos baim no meio d'uma suruba... Tá todo mundo nu naquela merda... Mas não s'anime! Só tem baranga na parada! Ai é um festival de mulher feia qâ parece um filme de terror! Elas chamam umas às outras dâ "chauí", o qâ deve significar algo como "estúpida"., porquê são todas muito brabas mas nada fazem!
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Cabral então resolve descer para falar com o chefe dos babaquaras, mestre de cerimônia ou sabe-se lá o que é que mandava no bagulho. Ao chegar é recebido por um índio que se mostrou cordial e receptivo, mas mais bobo que relógio de corda. Pediu que reunisse a galera toda em volta de uma fogueira e começou um discurso inflamado:
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- Cumpanhâiros e cumpanhâiras! Nós viemos aqui em paz! Vamos fazer uma pulítica justa dâ distribuição de terras! Lançaremos aqui o "Minha Oca Minha Vida"! Nâo vai faltar saúde, educação, muradia, metrô e vamos dar emprego a todos!
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Mesmo sem entenderem porra nenhuma do que o Cabral está dizendo- e porque não entendem também não sabem que é tudo mentira - os índios aplaudem Cabral e deixam que ele comece a mandar em tudo.
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Tudo é festa... Cabral e sua galera comem todo mundo, enchem as sacolas de ouro às custas dos babaquaras e fazem o diabo! Manda até rezar uma missa pra dizer que é santo... o que os índios nem sequer conhecem ou só passam a conhecer depois que chegam os padres... que do mesmo jeito de Cabral, também comem todo mundo, enchem as sacolas de ouro às custas dos babaquaras e fazem o diabo. Só que em nome de Deus.
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Para compensar os índios, Cabral então manda que distribuam inúteis espelhinhos fabricados em algum lugar remoto da China. Os índios ficam maravilhados! Enquanto Cabral toma tudo o que eles têm: terras, plantações, pedras e ainda come suas mulheres, os índios se extasiam com o Bolsa-Espelhinho dado pelo "Pai dos Índios", que a essa altura se autoproclama o cara mais honesto do mundo.
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Cabral diz aos índios que eles serão autossuficientes em bananas e mandiocas. Num dos seus discursos, diz que empurrará meio metro de mandioca em cada índio, e quando atingir a meta, vai dobrar a meta. Os índios, ainda sem entenderem nada, aplaudem Cabral. (Até hoje saúdam a mandioca).
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As madeiras mais nobres são surrupiadas e mandadas para fora. Os índios passam a trabalhar por miçangas que não valem nada, mas Cabral diz que todos eles agora pertencem à "classe média indígena", o que os deixa vaidosos e felizes . Várias construtoras portuguesas fazem as obras no Brasil, mas a preços superfaturados, pagos às custas das miçangas dos índios.
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Cabral anuncia mais um de seus grandes feitos: O "Minha Oca Minha Vida". Em seguida cria a "Caixa Econômica Real" para financiar as ocas que eram dos índios, para os próprios índios e a juros exorbitantes. Claro que ninguém consegue pagar, e vão ter que moer mandioca em dobro e ainda fazer bico de uber com canoas
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Para posarem de bonzinhos, os portugueses fazem a primeira reforma agrária que se tem notícia. Pegam as terras dos índios, dividem e presenteiam os "cumpanhêro" com as sesmarias. Mas só os "cumpanhêro" têm direito! Enquanto isso, os índios ficam enchendo a cara de uka (cachaça), dançam a dança do corno em volta da fogueira, se olham no espelho pra ver a própria cara de babaquara e se acham as figuras mais inteligentes do mundo por poderem comprar uma canoa em 60 vezes com juros astronômicos.
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Espera! Então Cabral divide o que não é dele e enche o próprio bolso de dobrões! Mas quer saber o que é pior? Os babaquaras ainda defendem o português com unhas, dentes e bordunas, e ai de quem falar mal de Cabral!
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Com o passar do tempo uma parte dos babaquaras começa a desconfiar que Cabral não é lá um grande exemplo de honestidade. Seus assessores mais diretos avisam:
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- Cabral, temos qâ fazer alguma coisa, ô pá! Estou a veire qâ os índios já não estão a gustar dos vossos mandos!
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Cabral tem uma excelente ideia:
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- JAAAAAAAAAAAAAAÁ SÂI! Vamos dividir âsses filhos d'putas! Vamos culucar tupis contra guaranis, bororós contra ticunas, caiapós contra charruas... vamos dar cotas pra os qâ forem mais vermelhinhos, para os qâ gostam de butar peninhas na bunda, e dizer qâ eles são vítimas da suciedade.... criar os culetivos e encher o rabo desses culetivos de mandioca! Assim vai ficar mais fácil dâ cuntrulá-los!
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E assim foi feito. Mesmo até hoje levando mandioca, ainda há quem defenda Cabral... ou quem o substituiu.
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Quando todos os babaquaras descobrirem que tudo não passa de um embuste, já será tarde. Haverá um Brasil dividido e empobrecido, com poucas chances de voltar a ser o paraíso que era antes.

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